Geral
Presidente da Associação dos Delegados de Polícia do Maranhão fala à nossa equipe sobre a reforma da Delegacia de Santa Luzia
Nossa equipe de reportagem conversou com o presidente da Associação dos Delegados de Polícia do Maranhão (ADEPOL/MA), Márcio Dominici, onde abordamos a polêmica reforma da Delegacia de Polícia Civil de Santa Luzia–MA.
Francisco Vale – Nos fale sobre a reforma do prédio da referida delegacia.
Dominici – O que a gente da ADEPOL pode falar é que lamenta muito que uma simples reforma de uma Delegacia de Polícia esteja passando por todo essa dificuldade, tendo em vista que ela consta do cronograma de reformas da Segov.
Francisco Vale – Sabemos que o trabalho de atendimento à população não pode parar, neste caso, quem é responsável por acomodar os agentes em um local provisório?
Dominici – A responsabilidade de encontrar um novo prédio até que essa reforma fique pronta é da Secretaria de segurança, da Delegacia Geral. Ela jamais pode ser passada essa responsabilidade para um delegado de polícia lotado na cidade de Santa Luzia, que já trabalha com o material mínimo.
Francisco Vale – Estamos há quase 60 dias com essa reforma em andamento, com as paralisações que teve, o que falta para que esse local provisório seja então providenciado?
Dominici – Tem que haver um entendimento entre a delegacia geral, a Secretaria de Segurança e as demais autoridades envolvidas no município para que se chegue a um consenso e se determine o local, para que a delegacia de Santa Luzia possa funcionar.
Francisco Vale – O que percebemos é que essa reforma está bastante atrasada e, com isso, a população é quem sofre.
Dominici – Verdade, essa reforma já se arrasta por mais tempo que o mínimo razoável. E muito se dá por conta de todo esse imbróglio aí que foi criado, por se iniciar uma reforma sem programação, de se estabelecer um prédio substituto para a delegacia. A população de Santa Luzia não pode ser afetada, não pode ficar sem o atendimento por conta de reformas. A reforma é crucial e a delegacia de Polícia precisa ser reformada para poder prestar um bom serviço à sociedade, mas, por outro lado, essa reforma não pode impedir que a prestação de serviço da polícia civil seja descontinuada.
Francisco Vale – O problema está aí, então o que deve ser feito agora?
Dominici – É preciso urgentemente que todos os atores envolvidos sintam e apontem um caminho para que isso seja resolvido, o que não pode empurrar a responsabilidade do delegado que já fez, já enviou ofícios comunicando a gestão estadual.
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