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Polícia

PF desmantela esquema de lavagem de dinheiro e apreende quase R$ 420 mil no Maranhão

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A Polícia Federal (PF) do Maranhão efetuou a prisão em flagrante de três indivíduos na manhã da última sexta-feira (17/10) na capital, São Luís. Os detidos, identificados como Maria José de Lima Soares (29), Ivan Jorge da Piedade Madeira (idade não informada) e Larissa Rezende Santos (assessora parlamentar), estão ligados a um esquema complexo de lavagem de capitais que envolvia o saque de meio milhão de reais em dinheiro vivo. A operação teve como objetivo principal desarticular a célula financeira responsável pela movimentação de fundos públicos desviados. No momento da ação policial, foi apreendido um total de R$ 419.350,00 com os envolvidos.

As investigações preliminares apontam que o dinheiro tem como origem emendas parlamentares de âmbito estadual. Tais recursos eram direcionados a entidades culturais de fachada, contratadas supostamente para a realização de eventos que, ao que tudo indica, nunca ocorreram. As pessoas jurídicas envolvidas incluem a Banzeiro Grande Produções LTDA, representada por Maria José de Lima Soares, que também preside o Boi de Maracanã, e a Companhia de Cultura Popular Catarina Mina, presidida por Ivan Jorge da Piedade Madeira.

Os levantamentos indicam que legisladores estaduais teriam orientado a destinação de emendas a essas entidades. Após o repasse, os presidentes das instituições executavam saques fracionados e dissimulados, em espécie, com a finalidade de ocultar a verdadeira origem e destino dos valores, possibilitando o desvio.

Um detalhe crucial foi a prisão da assessora parlamentar Larissa Rezende Santos. Ela foi detida enquanto tentava se dirigir à Assembleia Legislativa do Estado do Maranhão para entregar uma mochila contendo R$ 400.000,00 a uma deputada estadual – cuja identidade não foi revelada na operação – logo após ter realizado o saque. Sabe-se que Larissa Santos é assessora da deputada estadual Andreia Rezende (PSB). O montante total presumivelmente desviado por meio do esquema já ultrapassa a marca de R$ 2 milhões.

Os três indivíduos foram conduzidos à Superintendência Regional da Polícia Federal no Maranhão. Lá, eles foram autuados em flagrante pelo crime de lavagem de dinheiro, conforme o Artigo 1º da Lei nº 9.613/1998, cuja pena máxima de reclusão pode chegar a 10 anos.

A Polícia Federal continua com as investigações para identificar a participação de outros crimes e agentes envolvidos, incluindo possíveis agentes públicos beneficiados e a eventual utilização de verbas federais. Um dos focos da apuração é determinar se os recursos desviados tinham como finalidade o financiamento ilícito de campanhas, conhecido como caixa dois eleitoral.

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