Saúde
Pacientes com endometriose e câncer de colo do útero ultrapassam 176 milhões de casos no mundo
No mês de março, a atenção se volta para duas importantes questões de saúde feminina: o câncer de colo do útero e a endometriose, representadas pelo Março Lilás e o Março Amarelo, respectivamente. Essas campanhas têm como objetivo conscientizar a população sobre a prevenção, diagnóstico precoce e tratamento dessas condições.
“Para as mulheres que enfrentam essas doenças, a assistência especializada desempenha um papel crucial em sua jornada de cuidados”, esclarece Jessica Ramalho, Diretora de Operações (COO) da Acuidar, rede de cuidadores especializados. A cofundadora explica que ter acesso a profissionais capacitados e recursos adequados não só influencia positivamente o prognóstico médico, mas também impacta diretamente a qualidade de vida das pacientes no dia a dia.
Sobre as condições
A existência de um mês exclusivamente voltado para a conscientização das condições mencionadas, não é dispensável. Sua relevância se comprova em números. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 176 milhões de mulheres no mundo são afetadas pela endometriose. Apenas no Brasil, já se soma um total de sete milhões.
Os sintomas podem variar de leves a graves e incluem dor pélvica intensa, especialmente durante o período menstrual, dor durante as relações sexuais, sangramento menstrual abundante ou irregular, cólicas abdominais, fadiga crônica e problemas de fertilidade. Além disso, algumas mulheres podem experimentar sintomas gastrointestinais, como diarreia, constipação ou dor ao evacuar, dependendo da localização dos implantes de tecido endometrial.
O cenário não é diferente em relação ao câncer do colo do útero. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), é o terceiro tipo de câncer mais incidente entre mulheres, com uma estimativa de mais de 17 mil novos casos para cada ano do triênio 2023-2025. Para essa condição, muitas vezes, não são apresentados indicativos sintomáticos em seus estágios iniciais, o que torna o diagnóstico precoce desafiador.
No entanto, à medida que a doença progride, podem surgir sinais como sangramento vaginal anormal, dor durante a relação sexual, secreção vaginal incomum, dor pélvica ou lombar persistente e perda de peso inexplicada. A complexidade estar no tratamento que em que as pacientes podem enfrentar dificuldades emocionais, físicas e financeiras. Os efeitos colaterais dos tratamentos, como cirurgia, radioterapia e quimioterapia, podem ser debilitantes e afetar a qualidade de vida.
Assistência especializada
Para pacientes diagnosticadas com câncer de colo do útero ou endometriose, a assistência especializada é essencial para garantir o melhor tratamento possível. Para além de oncologistas, ginecologistas e enfermeiros, a disponibilidade de um cuidador tem se mostrado uma opção viável e valiosa para pacientes com câncer de colo do útero ou endometriose.
“Os cuidadores fornecem assistência prática no dia a dia. Desde auxiliar nas atividades diárias, como preparar refeições e realizar tarefas domésticas, até oferecer suporte emocional, ouvir e confortar durante os momentos difíceis”, explica Jessica. Com o aumento de casos das condições, a Diretora revela que houve um aumento na procura pelo serviço. Ela explica que a presença do profissional é um mecanismo de segurança para a rotina, garantindo que se acontecer algo mais grave ou surgirem dificuldades, o auxílio estará disponível.
A presença do profissional também contribui para um ambiente de apoio que promove a recuperação e a qualidade de vida durante o tratamento. “É fundamental reconhecer que ter um cuidador não é sinal de fraqueza ou um luxo dispensável, mas sim uma medida preventiva, especialmente para pacientes em estados mais graves” – adiciona Ramalho. “Ao fornecer assistência prática e apoio emocional, os cuidadores contribuem para uma jornada de tratamento mais suave e eficaz. Portanto, considerar sua presença é uma medida prudente para garantir o melhor cuidado possível e evitar complicações adicionais ao longo do processo”, conclui.
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