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Justiça

Fazendeiro é preso no Maranhão acusado de ser mandante de chacina no Tocantins

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Um fazendeiro de 54 anos foi preso nessa terça-feira, 27, na zona rural do município de Matões, distante 470 km de São Luís, acusado de ser o mandante de uma chacina ocorrida no ano de 2012, em Nova Araguaína, no estado do Tocantins. As vítimas foram quatro pessoas de uma família cigana, que teria sido executada por engano.

De acordo com a Polícia Civil do Maranhão, o acusado, identificado como Carlos Alberto Pereira, é proprietário de uma fazenda no Povoado São Gonçalo, onde foram cumpridos os mandados de prisão e de busca e apreensão.

O mandado de prisão por sentença condenatória foi expedido no estado do Tocantins, com pena de 76 anos de prisão por ter sido o mandante da chacina.

Vitimas da chacina

Ainda durante a operação na fazenda, a Polícia Civil apreendeu várias armas de fogo, como uma pistola calibre 380, um revólver calibre 32, espingarda e mais de 250 munições de diferentes calibres. Uma quantia em dinheiro no valor de R$24.000,00 também foi apreendida.

Após receber voz de prisão, o fazendeiro foi conduzido à Central de Flagrantes de Timon, onde foram tomados os procedimentos cabíveis.

Vítimas da chacina

Francisca Marahana Pereira Batista, na época grávida de gêmeos, Rangel da Silva Lima, José Feitosa Pereira e Félix Guida dos Santos foram executados em julho de 2012, na cidade de Nova Araguaína.

Os autores do crime, a mando do fazendeiro, foram dois homens, que chegaram ao local em uma caminhonete abrindo fogo contra um grupo de pessoas que jogava baralho em frente a um bar. Em seguida, eles atiraram na mulher grávida e no esposo, que morreram no local.

A chacina teria como motivação vingar a morte de mais de 24 pessoas, mas acabou vitimando quatro pessoas que, conforme a polícia, não tinham nada a ver com a matança.

“As quatro pessoas que foram vitimadas foram atingidas em decorrência de engano, pois a vontade deles era atingir outras pessoas envolvidas numa matança de mais de 24 pessoas em mais de três estados diferentes, uma briga de família”, afirmou o promotor de Justiça, Paulo Alexandre Rodrigues.

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